Você já sentiu as mãos tremerem do nada? Ou conhece alguém que treme o tempo todo?
É comum que, ao notar esse tipo de sintoma, as pessoas logo pensem em Doença de Parkinson. Mas será que toda tremedeira é sinal de Parkinson?
A resposta é: não. Nem todo tremor é motivo de preocupação, e nem todo tremor é Parkinson. Neste artigo, quero te explicar — de forma clara e simples — quais são os tipos de tremor, quando eles são normais, quando é hora de investigar, e qual a relação com a Doença de Parkinson.
Vamos entender melhor?
Quem é o médico que cuida de tremor?

A Dra. Viviane M. Felici, é médica neurologista, especialista em distúrbios do movimento. Seu foco é o diagnóstico e tratamento de condições como tremores, tremedeiras e Doença de Parkinson.
Atende no consultório particular no bairra Bela Vista em São Paulo, oferecendo um cuidado atento, humano e personalizado. Cada sintoma conta uma história — e escutar com calma faz toda a diferença no diagnóstico e no tratamento.
Se você tem percebido tremores nas mãos, lentidão para se movimentar, rigidez muscular ou outros sinais que possam indicar alterações neurológicas, saiba que não precisa conviver com a dúvida ou com o medo.
Com acompanhamento especializado, é possível entender o que está acontecendo e buscar o melhor caminho para mais qualidade de vida.
Veja as avaliações dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane M. Felici:
O que é tremor?
Tremor é um movimento involuntário e repetitivo. É quando alguma parte do seu corpo começa a se mexer sozinha, sem que você queira e sem que consiga controlar. Esses movimentos acontecem de forma repetida, como se a parte do corpo estivesse balançando no mesmo ritmo, várias vezes seguidas.
Pode atingir:
- As mãos (mais comum)
- Os braços
- A cabeça
- As pernas
- Até mesmo a voz
Algumas pessoas notam o tremor quando estão em repouso. Outras, quando estão tentando fazer algo com as mãos, como segurar um copo ou escrever.
Em casos mais leves, o tremor pode nem ser percebido. Mas quando fica mais intenso, pode atrapalhar tarefas simples do dia a dia, como se vestir, comer ou escrever.
Tremor e tremedeira são a mesma coisa?
Sim. A palavra “tremedeira” é o jeito mais popular de se referir ao tremor.
Mas nem toda tremedeira significa uma doença. Existem muitas causas simples e passageiras, como:
- Estresse ou ansiedade
- Cansaço físico ou mental
- Falta de sono
- Consumir muito café ou bebidas energéticas
- Queda do açúcar no sangue (hipoglicemia)
- Uso de medicamentos com esse efeito colateral
Nesses casos, a tremedeira não costuma durar muito e desaparece com o descanso, boa alimentação ou ajustes na rotina. O mais importante é observar se o sintoma persiste ou se aparece em momentos inesperados.
Quando o tremor merece atenção?
Alguns tremores são passageiros. Mas outros podem ser sinais de alerta para doenças neurológicas, como a Doença de Parkinson ou outros distúrbios do movimento.
Fique atento se o tremor:
- Está ficando mais frequente ou mais forte com o tempo
- Aparece mesmo quando você está descansado e calmo
- Afeta apenas um lado do corpo
- Vem junto com outros sintomas, como rigidez, lentidão ou dificuldade para andar
- Está atrapalhando sua rotina e tarefas simples
Nessas situações, o ideal é procurar um neurologista o quanto antes. Quanto mais cedo for feita a investigação, melhor será o tratamento.
O que é a Doença de Parkinson?
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva. Isso significa que ela vai evoluindo aos poucos com o tempo, mas que pode ser controlada com tratamento adequado.
Ela ocorre quando o cérebro começa a produzir menos dopamina, uma substância essencial para o controle dos movimentos.
A falta de dopamina leva a sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e desequilíbrio.
Embora seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, o Parkinson também pode surgir em pessoas mais jovens, inclusive antes dos 50.
Quais são os sintomas do Parkinson?
O tremor é o sintoma mais conhecido, mas não é o único. Muitas pessoas com Parkinson nem apresentam tremor no início.
Outros sinais importantes incluem:
- Lentidão para iniciar ou completar movimentos
- Sensação de corpo travado (rigidez muscular)
- Passos curtos e arrastados ao andar
- Dificuldade de equilíbrio e quedas frequentes
- Alterações na fala (voz mais baixa ou arrastada)
- Escrita pequena e apertada
- Rosto com pouca expressão facial
Além desses sintomas motores, o Parkinson também pode causar:
- Ansiedade e depressão
- Alterações do sono
- Intestino preso ou preguiçoso
- Alterações de memória
Cada paciente apresenta uma combinação diferente de sintomas. Por isso, é tão importante uma avaliação cuidadosa e individualizada.
Parkinson sempre começa com tremor?
Não. O tremor é um sintoma frequente, mas o Parkinson pode começar de outras formas, como:
- Lentidão nos movimentos
- Perda de equilíbrio
- Rigidez em um dos lados do corpo
Ou seja: não é preciso ter tremedeira para ter Parkinson. E o contrário também é verdade — nem toda tremedeira é Parkinson.
Somente um neurologista pode fazer esse diagnóstico com segurança, avaliando todos os sinais e sintomas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico começa com uma boa conversa durante a consulta e um exame neurológico completo.
O neurologista vai observar:
- Quanto tempo faz que o tremor começou?
- Quando o tremor aparece (em repouso ou em movimento?)
- Se afeta um ou os dois lados do corpo
- Se apareceu de repente ou foi piorando aos poucos
- Se além do tremor, você percebe outros sinais no corpo
Em alguns casos, exames complementares como ressonância magnética ou SPECT cerebral podem ser pedidos para descartar outras causas e confirmar o diagnóstico.
Existe cura para a Doença de Parkinson?
Ainda não existe cura para a Doença de Parkinson! Mas existe tratamento, e ele pode fazer toda a diferença na qualidade de vida da pessoa com Parkinson.
O tratamento pode incluir:
- Medicamentos, que ajudam a repor ou estimular a dopamina no cérebro
- Fisioterapia, para manter a força, o equilíbrio e a mobilidade
- Fonoaudiologia, para melhorar a fala e a ajudar a engolir com mais facilidade
- Terapia ocupacional, que ajuda a adaptar tarefas do dia a dia
- Acompanhamento psicológico, para lidar com as emoções e os sentimentos que a doença pode trazer
Em casos específicos, também pode ser indicada a estimulação cerebral profunda (DBS), uma cirurgia que ajuda a controlar os sintomas motores.
Cada caso é único. O mais importante é iniciar o tratamento cedo e ter um acompanhamento contínuo com um especialista.
E se não for Parkinson? Outras causas de tremores
Existem outros tipos de tremor que não estão ligados à Doença de Parkinson. Veja alguns exemplos:
1. Tremor essencial
É o tipo mais comum de tremor.
Geralmente atinge as mãos e aparece quando a pessoa está fazendo algum movimento, como segurar um copo ou escrever.
Pode ter origem genética, passando de pais para filhos. Não está ligado a nenhuma doença grave e pode ser tratado com medicamentos quando atrapalha o dia a dia.
2. Tremores causados por substâncias ou medicamentos
Alguns medicamentos, como remédios para depressão (antidepressivos), para ansiedade (ansiolíticos), broncodilatadores ou corticoides, podem causar tremores como reação do remédio, o que chamamos de efeito colateral.
O mesmo pode acontecer quando tomamos muito café ou outras bebidas com cafeína e na abstinência de álcool (quando a pessoa para de beber bebida alcoólica de repente).
3. Tremor psicogênico
Esse tipo de tremor está ligado a fatores emocionais, como ansiedade intensa, estresse ou traumas.
Ele costuma surgir de repente e variar bastante, sem seguir um padrão, diferente dos outros tipos de tremores.
É preciso cuidado e experiência para identificar corretamente a origem do tremor e indicar o tratamento adequado.
Por que é importante procurar ajuda?
Muita gente convive com tremores por anos, achando que é “normal da idade” ou só nervosismo.
Mas nem sempre é. E quanto mais cedo for feita a avaliação, mais chances temos de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Não é normal ter tremores frequentes ou intensos. Seu corpo está dando um sinal.
Seja tremor, tremedeira ou suspeita de Parkinson, você não está sozinho. E o tratamento pode melhorar muito o que você está sentindo.
Quando procurar um neurologista?
Procure um neurologista se:
- Os tremores são constantes ou estão piorando
- Você sente rigidez, lentidão ou desequilíbrio
- Está com medo de ser Parkinson
- O sintoma está afetando sua rotina
O neurologista é o médico especializado no funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Ele vai te ouvir com atenção, te examinar e investigar com cuidado e te orientar sobre o melhor caminho.
Agende sua consulta
Se você ou alguém próximo está lidando com tremores ou com o diagnóstico de Parkinson, não espere mais.
Com acompanhamento especializado e um plano de cuidado personalizado, é possível viver bem, com mais segurança e autonomia.
Estou aqui para te acolher e cuidar da sua saúde neurológica com responsabilidade, escuta e carinho.
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Dra. Viviane M. Felici
Neurologista – Especialista em Distúrbios do Movimento
CRM 152.173 – São Paulo