Dra. Viviane Felici – Neurologia em São Paulo – SP

Todo mundo já esqueceu onde colocou a chave, o nome de alguém ou até o que ia dizer. Esquecimentos fazem parte da vida. Mas quando começam a se tornar frequentes, atrapalhar o dia a dia ou gerar preocupação na família, é hora de investigar.  

Neste texto, vou te explicar de forma simples o que são os esquecimentos comuns do dia a dia e o que pode indicar algo mais sério como demência ou Alzheimer

Você vai entender quando é hora de procurar um neurologista e como é possível cuidar da saúde do cérebro com atenção e acolhimento. 

Qual médico trata esquecimentos e demência?

Dra Viviane, neurologista, sentada na mesa em seu consultório

A Dra. Viviane M. Felici, neurologista, especialista em distúrbios do movimento e em alterações cognitivas, como esquecimentos, demência e a Doença de Alzheimer.

Ela trabalha com um olhar atento, humano e individualizado, especialmente no cuidado de pacientes que apresentam esquecimentos frequentes, mudanças de comportamento, dificuldades na comunicação ou na realização de tarefas do dia a dia.

Esse processo pode gerar insegurança e muitas dúvidas — tanto para quem apresenta os sintomas quanto para a família. Por isso, ela oferece um atendimento acolhedor, com escuta verdadeira e orientações claras, para que todos se sintam ajudados desde o primeiro momento.

Se você ou alguém da sua família tem apresentado sinais de comprometimento da memória, estou aqui para ajudar. Vamos conversar? 

Veja as avaliações dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane M. Felici:

Foto de avaliações dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane
Foto de avaliações dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane
Foto de avaliações dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane

Esquecer é normal? Até certo ponto, sim. 

Idoso com esquecimento

Com o envelhecimento, é comum perceber uma certa lentidão para lembrar nomes, datas ou compromissos. Esses pequenos esquecimentos costumam ser leves, esporádicos e não atrapalham a vida da pessoa. 

No entanto, quando os esquecimentos se tornam mais frequentes, começam a se repetir ou vêm acompanhados de mudanças de comportamento, vale ficar atento. 

Esquecimentos: quando se preocupar? 

Todo mundo esquece alguma coisa de vez em quando. Mas atenção se: 

  • Você (ou alguém próximo) repete as mesmas perguntas ou histórias várias vezes 
  • Começa a trocar palavras, esquece nomes ou tem dificuldade para conversar 
  • Se perde em lugares conhecidos ou tem dificuldade para se localizar 
  • Esquece compromissos importantes, mesmo com lembretes 
  • Tem dificuldade para realizar tarefas simples, como pagar contas, cozinhar ou se organizar 
  • Apresenta mudanças no comportamento, como ficar mais irritado, confuso ou retraído 
  • Confusão com datas, horários e organização da rotina

Esses sinais podem indicar que não é só um esquecimento comum. Se você ou alguém próximo tem passado por essas situações, é importante procurar um neurologista. 

Causas de esquecimentos que não são demência

Idosa com a cabeça formada por várias peças que estão se perdendo, sinalizando a perda de memoria / esquecimento na demencia

Existem muitos coisas que podem causar esquecimentos, mas que são reversíveis com o tratamento adequado. Alguns exemplos são:

  • Ficar muito tempo no celular ou no computador: Com tanta informação o tempo todo, fica difícil manter o foco e a atenção. Nossa mente fica mais cansada
  • Deficiência de vitaminas: Quem fez cirurgia de redução de estômago, toma bebida alcoólica em grande quantidade e come mal podem ter deficiência de vitaminas, como da B12, que afetam a memória.
  • TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade): O TDAH pode dificultar a concentração e o foco, o que causa esquecimentos frequentes.
  • Apneia do sono moderada ou grave: A falta de sono de qualidade atrapalha a memória e a capacidade de concentração.

Todos esses problemas acima tem tratamento, e ao cuidar da causa correta, é possível reverter os esquecimentos na maioria dos casos.

Comprometimento cognitivo leve

O comprometimento cognitivo leve (CCL) é uma condição entre o envelhecimento normal e a demência.

Acontece quando a pessoa começa a ter mais esquecimentos do que o normal para a idade, mas ainda consegue fazer suas tarefas do dia a dia.

É importante acompanhar com um médico, porque em alguns casos pode evoluir para demência, mas em outros pode ficar estável e não piorar.

O que é demência?

Idosos jogando quebra cabeça

A demência não é uma doença em si. É um conjunto de sinais que indicam que o cérebro está tendo dificuldades para funcionar como antes.

Isso pode afetar a memória, a fala, o raciocínio, o comportamento e até a personalidade da pessoa.

Com o tempo, tarefas simples do dia a dia — como cozinhar, tomar banho ou se orientar no caminho de casa — passam a exigir ajuda. 

A demência pode ter várias causas, como: 

  • Doença de Alzheimer
  • Demência vascular (ligada a problemas de circulação no cérebro) 
  • Demência com corpos de Lewy 
  • Demência frontotemporal 

Todas elas podem causar esquecimentos, confusão e dificuldades para realizar tarefas que antes eram simples. Abaixo explicarei de forma simples cada uma delas.

Diferença entre o esquecimento normal e a demência 

Veja a diferença entre o esquecimento que faz parte do envelhecimento e o que pode indicar demência: 

Envelhecimento normal Demência 
Esquece um nome, mas lembra depois Esquece completamente o que foi dito 
Esquece onde colocou algo, mas encontra Coloca objetos em lugares estranhos (como guardar o celular na geladeira) 
Dificuldade leve para lembrar datas Não consegue se orientar no tempo ou lugar 
Mantém a autonomia Precisa de ajuda para tarefas do dia a dia 

O que é a Doença de Alzheimer? 

Idoso com demencia sendo cuidado por familiar

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, responsável por cerca de 70% dos casos. É mais comum a partir dos 60 anos, mas pode aparecer antes disso em alguns casos. 

Começa aos poucos, geralmente com esquecimentos frequentes e dificuldade para lembrar fatos recentes. Os primeiros sinais costumam ser discretos e, por isso, muitas pessoas acham que é “coisa da idade”.

Com o tempo, o esquecimento passa a atrapalhar cada vez mais o dia a dia da pessoa, tendo problemas para:

  • Reconhecer pessoas próximas 
  • Se localizar no tempo e no espaço 
  • Fazer tarefas simples do dia a dia 

Além da memória, o Alzheimer também pode afetar o humor, o comportamento, o sono e a linguagem
É uma doença progressiva, mas o tratamento ajuda a manter a qualidade de vida por mais tempo. 

Mudanças de comportamento no Alzheimer 

É comum que a pessoa com Alzheimer apresente mudanças no jeito de agir, além dos esquecimentos.

Ela pode ficar mais irritada, desconfiada, agressiva ou isolada. Pode também ter momentos de agitação, tristeza sem motivo ou alterações no sono, como dormir de dia e ficar acordada à noite. 

Essas mudanças são da própria doença e a pessoa não está fazendo de propósito. Por isso, é importante que a família receba orientações sobre como lidar com essas situações de forma cuidadosa e acolhedora. 

Diminuição do cérebro de uma pessoa com Alzheimer comparado com um cérebro normal

Por que a pessoa com Alzheimer fica agitada no fim do dia?

Você já notou que algumas pessoas com demência ficam mais agitadas, confusas ou irritada no fim da tarde ou à noite?

Isso pode ser a chamada síndrome do pôr do sol — um fenômeno comum em quem tem demência.

Nesses momentos, é comum a pessoa:

  • Andar de um lado para o outro sem parar
  • Ficar impaciente ou irritada sem motivo
  • Ter dificuldade para dormir ou ficar mais desorientada
  • Ficar repetindo frases ou perguntas

O que fazer para ajudar na síndrome do por do sol:

  • Evite cochilos longos à tarde.
  • Mantenha uma rotina tranquila no fim do dia.
  • Deixe a casa bem iluminada ao anoitecer.
  • Evite ambientes barulhentos ou muito agitados.
  • Uma música calma ou um banho morno podem relaxar.

Entender o que está acontecendo ajuda a cuidar melhor e traz mais tranquilidade para todos em casa.

O que fazer quando a pessoa com Alzheimer fica agitada?

Idosa com raiva, agitada e agressiva

É comum que, em alguns momentos, a pessoa com Alzheimer fique mais agitada, irritada ou até mesmo agressiva— especialmente nos estágios mais avançados da doença.

Isso pode acontecer por dor, fome, confusão, barulho, mudança na rotina, entre outros motivos.

Nessas horas:

  • Fale com calma e evite discutir
  • Se estiver ficando nervoso, saia por um instante para se acalmar e volte só quando estiver mais tranquilo
  • Tente mudar de assunto ou levar a atenção para algo mais tranquilo
  • Reduza estímulos como luz forte, som alto ou muita gente falando ao mesmo tempo
  • Veja se a pessoa está com dor ou desconforto
  • Veja se está precisando de algo básico, como ir ao banheiro, comer ou beber água
  • Uma música suave, um toque leve ou um ambiente acolhedor podem ajudar

Se a agitação for frequente, fale com o médico.

Cuidar de alguém com Alzheimer não é fácil. Se estiver difícil, procure ajuda — você não precisa passar por isso sozinho(a).

Alzheimer tem cura? 

Ainda não existe cura para a Doença de Alzheimer.

Mas há tratamentos que ajudam a diminuir a velocidade da progressão da doença.

Com diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo, é possível melhorar a qualidade de vida, aliviar os sintomas e ajudar a família a lidar com as mudanças

Idosa esquecida e preocupada

Demência vascular 

Está relacionada a problemas na circulação do cérebro, como pequenos AVCs. 
Pode surgir de forma mais súbita, depois de um derrame, ou ir piorando aos poucos. 

É comum em pessoas com pressão alta, diabetes, colesterol alto ou doenças do coração. 
Os sintomas variam conforme a área do cérebro afetada, mas podem incluir: 

  • Esquecimentos 
  • Dificuldade de raciocínio 
  • Mudança no comportamento 

O tratamento é focado em controlar os fatores de risco e evitar novos danos ao cérebro. 

Demência com corpos de Lewy 

Essa forma traz flutuações na atenção e na lucidez. Em alguns momentos a pessoa está bem, em outros parece confusa ou desorientada. 

É comum o surgimento de alucinações visuais logo no início da doença. Outros sinais incluem: 

  • Rigidez muscular 
  • Lentidão 
  • Quedas frequentes 

Pode lembrar a Doença de Parkinson, por isso o diagnóstico exige cuidado. 
Alguns remédios que funcionam em outras demências podem piorar os sintomas nesse caso. 

Demência frontotemporal 

Idoso com demencia com raiva gritando

Costuma aparecer mais cedo, entre os 45 e 65 anos. Afeta primeiro o comportamento e a linguagem. É como se a pessoa mudasse de personalidade: fica mais impulsiva, agressiva, desinibida ou apática

Em outros casos, perde a capacidade de se comunicar com clareza: tem dificuldade para formar frases, usar palavras ou entender o que ouve

A memória pode estar preservada no início, o que leva a confusões com depressão ou problemas emocionais. 

Outras causas de demência 

Existem causas menos comuns, como: 

  • Demência associada ao Parkinson 
  • Demência por HIV 
  • Hidrocefalia de pressão normal 
  • Traumatismo craniano repetitivo (encefalopatia traumática) 
  • Doença de Huntington 

Cada tipo tem um tratamento específico. Por isso, o acompanhamento neurológico é essencial

Como o neurologista pode ajudar? 

O neurologista é o médico que cuida do cérebro e dos distúrbios que afetam a memória e o comportamento. 

O diagnóstico da demência e da Doença de Alzheimer é feito a partir de uma avaliação detalhada. 

Durante a consulta, o neurologista vai: 

  • Conversar com o paciente e com a família 
  • Avaliar a memória e o raciocínio
  • Observar o comportamento e as queixas 
  • Realizar testes simples de memória e atenção 
  • Realizar o exame físico neurológico
  • Pedir exames (como ressonância magnética) quando necessário 

Esse processo ajuda a entender o que está acontecendo e qual é o melhor caminho de tratamento. 

Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de manter a qualidade de vida por mais tempo. 

Três árvores em forma de cabeças de pessoas mostrando a perda das folhas exemplificando os estágios do alzheimer, como se a perda das folhas sinalizassem o esquecimento

Tratamento: como cuidar melhor da memória

O tratamento pode incluir: 

  • Medicamentos, que ajudam a manter a função do cérebro por mais tempo 
  • Terapias cognitivas, para estimular a memória e a atenção 
  • Atividades ocupacionais, para manter a independência nas tarefas do dia a dia 
  • Apoio psicológico, para lidar com os sentimentos e desafios que surgem 
  • Mudanças no ambiente, para promover mais segurança e conforto 

Cada paciente é único. Por isso, o plano de cuidados é feito de forma individualizada. 

Idoso sentado na cadeira de rodas, junto com uma cuidadora, olhando pela janela

Como a família pode ajudar? 

O apoio da família é essencial. Algumas atitudes simples ajudam muito no dia a dia: 

  • Ter paciência com os esquecimentos 
  • Estabelecer uma rotina tranquila e previsível 
  • Falar com clareza e usar frases curtas 
  • Estimular atividades que envolvam memória e atenção 
  • Adaptar a casa para evitar quedas e acidentes 
  • Buscar orientação médica e suporte emocional 

Cuidar de alguém com Alzheimer é um desafio, por isso quem cuida também precisa de apoio e atenção, precisa cuidar de si, especialmente da própria saúde emocional. 

Dá para prevenir?

Não existe uma forma 100% garantida de evitar a demência ou Alzheimer, mas alguns cuidados ajudam a proteger o cérebro e manter a memória em dia.

Veja algumas dicas que fazem diferença: 

  • Dormir bem: o cérebro precisa de um sono bom para descansar e organizar as memórias. 
  • Use a mente todos os dias: leia, jogue palavras cruzadas, aprenda algo novo, converse com as pessoas.
  • Aprender coisas novas (idiomas, hobbies, atividades) 
  • Mexa o corpo: caminhar, dançar ou fazer exercícios ajuda a manter o cérebro ativo. 
  • Coma de forma saudável: inclua frutas, verduras, peixes e evite alimentos muito gordurosos ou industrializados.
  • Cuide da sua saúde: controle o colesterol, a pressão e o diabetes. 
  • Não fique isolado: manter contato com amigos e familiares é ótimo para o cérebro e para o coração.
  • Evite fumar e beber em excesso.

Cuidar do cérebro começa muito antes dos primeiros sinais de esquecimentos. 

Idoso jogando quebra cabeça

Quando procurar um neurologista? 

Procure um neurologista se: 

  • Os esquecimentos se tornaram frequentes ou atrapalham a rotina 
  • confusão, desorientação, mudanças de comportamento ou de humor 
  • Existe histórico de demência na família 
  • Você quer saber como proteger e cuidar melhor da saúde do cérebro 

O neurologista é o médico especialista em cuidar do cérebro.

Ele está preparado para diagnosticar e acompanhar pacientes com demência e Alzheimer de forma humana, atenta e individualizada. 

Cuidar de alguém com Alzheimer não é fácil. Se estiver difícil, marque uma consulta, eu posso te ajudar — você não precisa passar por isso sozinho(a).

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Atendimento especializado em São Paulo

Dra. Viviane M. Felici 

Neurologista – CRM 15273 

Especialista em Distúrbios do Movimento e em alterações cognitivas como a demência 

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