Sentir dor de cabeça de vez em quando é uma coisa muito comum. Quase todo mundo já passou por isso alguma vez. Às vezes, vem depois de um dia estressante, uma noite mal dormida, longas horas no computador ou até por pular refeições.
Mas o que muitos não sabem é que, quando a dor se torna frequente, forte ou acompanhada de outros sintomas, pode ser um sinal de alerta. E aí, vale a pena investigar com atenção.
A dor de cabeça não deve ser ignorada, especialmente quando começa a atrapalhar o seu dia a dia. Ela pode estar relacionada a vários fatores, e nem sempre é algo simples.
Quem trata dor de cabeça?

A Dra. Viviane M. Felici, médica neurologista, especialista e com ampla experiência no cuidado de pacientes com dor de cabeça, cefaleia e enxaqueca.
Atende em consultório no bairro Bela Vista em São Paulo, com foco em um atendimento humanizado, acolhedor e individualizado. Acredito na escuta atenta e no cuidado detalhado para entender a fundo o que está acontecendo com cada paciente — porque cada dor tem uma história.
Se você convive com dores de cabeça frequentes, crises de enxaqueca ou já tentou de tudo e ainda sofre com dores, marque uma consulta. Vamos investigar e cuidar da sua saúde juntos.
Veja as opiniões dos pacientes sobre o atendimento da Dra Viviane M. Felici:
O que é dor de cabeça? E o que é cefaleia?
Dor de cabeça é o termo popular para o que os médicos chamam de cefaleia. É um sintoma que pode ter várias causas e se manifestar de formas diferentes. Pode ser leve ou muito intensa, passageira ou persistente, em uma parte da cabeça ou em toda ela.
Algumas dores vêm acompanhadas de sintomas como náuseas, tontura, incômodo com luz ou barulhos. Outras são mais “silenciosas”, mas causam um peso que dificulta a concentração e o raciocínio.
Saber identificar o tipo de dor de cabeça é um passo importante para um tratamento eficaz — e é aí que o neurologista entra.
O que é enxaqueca?
A enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça que costuma ser mais intensa e que atrapalha muito as atividades do dia a dia. Geralmente, a dor é latejante (como um “coração batendo” dentro da cabeça) e acontece em um dos lados da cabeça. É comum durar de 4 horas a 3 dias.
Junto com a dor de cabeça da enxaqueca, é comum que você sinta:
- Enjoo / vontade de vomitar ou vômitos
- Muito incômodo com luz forte (fotofobia) e barulho alto (fonofobia)
- Irritabilidade ou ansiedade
- Visão turva ou com “pontos brilhantes” (aura visual)
- Dificuldade para pensar ou se concentrar
- Cansaço extremo, mesmo após descansar
Existem casos em que a dor é tão forte que a pessoa precisa se isolar em um ambiente escuro e silencioso até a crise passar.
Tipos mais comuns de dor de cabeça
Cefaleia tensional
É o tipo mais comum. Costuma ser uma dor leve a moderada, em forma de pressão ou aperto, como se a cabeça estivesse sendo espremida. Geralmente, atinge os dois lados da cabeça e pode durar horas.
É frequente em pessoas sob estresse, com má postura, tensão muscular ou excesso de tempo diante de telas.
Enxaqueca (com ou sem aura)
Como já expliquei acima, a enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça forte. Ela pode vir acompanhada de outros sintomas que assustam e atrapalham muito o dia a dia.
Além da dor intensa e pulsante, é comum ter alterações na visão, enjoo, tontura e até sinais neurológicos temporários, como formigamento, dificuldade para falar ou entender o que os outros dizem.
Cefaleia em salvas
Menos comum, porém extremamente dolorosa. A dor é aguda, muitas vezes descrita como insuportável, acontece sempre de um lado só da cabeça, na região ao redor de um dos olhos.
É comum que, junto com a dor, a pessoa fique agitada, o olho fique inchado, vermelho e saindo lágrimas e o nariz pode ficar entupido ou pingando.
A cefaleia em salvas dura 15 minutos a 3 horas e pode ocorrer várias vezes por dia.
Cefaleia por uso excessivo de medicação
Sabia que o remédio pode ser o vilão da sua dor de cabeça? Tomar analgésico com muita frequência pode piorar o problema.
O corpo entra num ciclo: se acostuma com o remédio e, quando o efeito dele passa, a dor volta — só para “pedir” mais remédio.
A dor que antes aparecia de vez em quando… vira algo quase diário.
Essa dor constante por exagero de remédios é uma das causas mais comuns de dor de cabeça diária.
Motivos comuns para ter dor de cabeça
A dor de cabeça pode estar ligada a diversos fatores, como:
- Estresse emocional
- Ansiedade ou depressão
- Alterações hormonais (como durante a menstruação)
- Sono desregulado ou insônia
- Má alimentação ou ficar muito tempo sem comer
- Tomar pouca água
- Tomar muito café ou bebida com cafeína
- Problemas de visão
- Má postura
- Pressão alta
- Sinusite
- Infecções virais
- Uso de medicamentos
Por isso, é essencial entender o que está por trás da dor, e não apenas tratá-la com remédios.
O que pode piorar a enxaqueca?
Alguns hábitos e situações funcionam como gatilhos para a crise de enxaqueca. Eles variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são:
- Dormir mal ou em horários irregulares
- Ficar muito tempo sem comer
- Ingestão de álcool (especialmente vinho tinto)
- Cheiros fortes (perfumes, produtos de limpeza)
- Mudanças no clima ou pressão atmosférica
- Lâmpadas ou abajur com luz muito forte ou luz do sol direta
- Estímulos visuais intensos (como telas ou luzes piscando)
- Estresse emocional ou ansiedade
Identificar e evitar os gatilhos é uma parte fundamental do tratamento.
Dor de cabeça tem tratamento?
Muita gente convive com dor de cabeça todos os dias, achando que é “normal” ou que a única solução é tomar um remédio para dor (analgésico).
Mesmo tomando analgésicos continuam tendo dor de cabeça todos os dias e não saem de casa sem o seu remédio.
Mas a verdade é: dor de cabeça tem tratamento sim e não é só com analgésicos! O neurologista investiga a causa e propõe um tratamento que pode ser:
- Medicamentos específicos para cada tipo de dor
- Remédios diários para prevencão das crises
- Mudanças de hábitos
- Evitar os gatilhos para dor
- Acompanhamento regular com neurologista
Não é normal viver com dor todos os dias. E você não precisa se acostumar com isso.
Dor de cabeça por bruxismo
Você aperta ou range os dentes à noite? Acorda com a cabeça pesada ou a mandíbula dolorida?
Isso pode ser bruxismo, e ele é um motivo muito comum de dor de cabeça ao acordar. A dor costuma vir junto com estalos ao abrir a boca, tensão na mandíbula, na nuca e no pescoço.
O tratamento pode ser usando placas nos dentes para dormir, fisioterapia e até remédios específicos.
E sim — o neurologista pode te ajudar nesse processo, muitas vezes junto com o dentista.
Pressão alta dá dor de cabeça? Descubra!
Muita gente acredita que qualquer aumento da pressão já dá dor de cabeça, mas isso não é verdade. Quando a pressão arterial sobe só um pouco, ela não causa dor.
A dor de cabeça por pressão alta vai aparecer só quando ela estiver muito alta. Essa dor geralmente é na nuca, com sensação de peso, e pode vir com tontura, mal-estar ou visão turva.
É importante entender que, se a dor é muito forte, ela também pode fazer a pressão subir um pouco. Ou seja, em muitos casos, a pressão está alta porque você está com dor — e não o contrário.
Se você tem dor de cabeça frequente, vale investigar.
Dor de cabeça durante o sexo
Pode parecer estranho, mas é possível sentir dor de cabeça durante ou logo após o orgasmo.
Normalmente, essa dor é repentina e forte, como uma “explosão”. Ela pode ser causada pela tensão muscular ou aumento da pressão durante o sexo.
Geralmente não é grave, mas é essencial investigar, principalmente se for a primeira vez ou se vier junto com outros sintomas.
Por que acordo com dor de cabeça?
Acordar com dor de cabeça pode estar ligado a:
- Bruxismo (ranger ou apertar os dentes)
- Apneia do sono (paradas respiratórias durante o sono)
- Dormir em posições desconfortáveis
- Dormir mal ou em ambiente barulhento
- Excesso ou falta de sono
- Uso de remédios ou álcool
- Queda de açúcar no sangue
Se isso acontece com frequência, procure avaliação.
Dor de cabeça ao deitar ou levantar: quando se preocupar?
Dores que aparecem ao deitar ou ao levantar podem indicar mudanças na pressão dentro do crânio, sinusite ou alterações no fluxo de líquor.
Merecem avaliação médica, especialmente se forem intensas, frequentes ou quando vem junto com outros sintomas — como náusea, desequilíbrio ou visão embaçada.
Quando a dor de cabeça se torna preocupante?
Nem toda dor de cabeça é motivo de preocupação, mas alguns sinais de alerta mostram que é hora de procurar um médico. Fique de olho se:
- A dor aparece mais de 2 vezes por semana
- A dor é muito intensa e te impede de realizar atividades do dia a dia
- Os remédios não estão mais fazendo efeito
- A dor vem com outros sintomas neurológicos: visão embaçada, fraqueza, dormência, tontura, confusão mental
- A dor começou de repente e com muita força, como uma “explosão”
- É uma dor diferente da que você está acostumada(o) a sentir
- Você tem histórico de doenças neurológicas ou familiares com enxaqueca
Como é o diagnóstico feito pelo neurologista?
O diagnóstico começa com uma conversa detalhada: como é a dor, onde dói, com que frequência, quanto tempo dura, se há sintomas associados, o que melhora ou piora.
Depois dessa conversa, o médico faz um exame neurológico para avaliar como o cérebro e o sistema nervoso estão funcionando.
Em alguns casos, o neurologista pode solicitar exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia — especialmente se houver sinais de alerta ou suspeita de algo mais sério.
Mas, na maioria das vezes, o diagnóstico é clínico, feito com base no que o paciente relata e no exame feito durante a consulta. Sentiu algo diferente? Agende uma avaliação.
A enxaqueca tem cura?
A enxaqueca não tem cura, mas tem controle. E, com o acompanhamento certo, é possível ter uma vida normal, sem sofrer com crises frequentes ou intensas.
O tratamento pode envolver:
- Medicamentos para aliviar a dor durante a crise
- Medicamentos preventivos (tomados diariamente para evitar novas crises)
- Mudança nos hábitos de sono, alimentação e rotina
- Identificação e controle de gatilhos
- Técnicas de relaxamento, fisioterapia, psicoterapia
- Em alguns casos, uso de toxina botulínica como prevenção
Cada caso é único. Por isso, é tão importante um acompanhamento individualizado.
Dicas para aliviar a dor de cabeça no dia a dia
Além dos remédios passados pelo médico, algumas atitudes simples podem ajudar bastante quando a dor de cabeça aparece. Veja algumas dicas:
1. Use compressa
Colocar uma compressa fria na testa pode aliviar a dor, especialmente na enxaqueca. Já uma compressa morna na nuca ajuda quando a dor é por tensão ou cansaço.
2. Fique em um lugar calmo
Luz forte e barulho pioram a dor. Quando estiver com dor de cabeça, tente descansar em um lugar escuro e silencioso.
3. Respire fundo e tente relaxar
Ficar muito tenso ou ansioso pode piorar a dor. Fazer uma respiração mais lenta e profunda ou parar um pouco para descansar já pode ajudar.
4. Beba bastante água
A falta de água no corpo é uma das causas comuns de dor de cabeça. Então, manter-se hidratado faz diferença.
5. Cuide do sono
Dormir mal ou dormir muito tarde também pode causar dor. Tente manter horários regulares para dormir e acordar.
6. Não fique muitas horas sem comer
Ficar muito tempo em jejum pode trazer dor de cabeça. Faça refeições leves e com intervalos regulares.
Essas dicas ajudam bastante no dia a dia, mas é importante lembrar: se as dores forem frequentes, muito fortes ou atrapalharem sua rotina, vale procurar um neurologista para investigar e tratar da forma certa.
Cuidado com o uso de remédios por conta própria
Parece prático tomar um remédio toda vez que a dor aparece, né? Mas usar analgésico com frequência pode piorar a situação.
Em vez de melhorar, a dor pode voltar cada vez mais forte — é o que chamamos de efeito rebote.
Além disso, alguns remédios podem esconder sinais importantes ou até fazer mal quando tomados junto com outros.
Por isso, o ideal é procurar um neurologista antes de começar qualquer tratamento por conta própria.
Quando procurar um neurologista?
Procure ajuda se:
- As dores são frequentes, intensas ou incapacitantes
- A dor não melhora com os remédios que costumava funcionar
- Há outros sintomas além da dor
- Você já tentou de tudo e continua sofrendo com as crises
- Quer entender o que está causando as dores e tratá-las de forma adequada
Dores de cabeça podem esconder algo mais sério?
Na maioria das vezes, não. Mas, em alguns casos, a dor de cabeça pode ser o primeiro sinal de uma condição neurológica mais grave, como:
- Tumores cerebrais
- Acidentes vasculares cerebrais (AVC)
- Inflamações ou infecções
- Problemas na circulação cerebral
Por isso, dores novas, muito fortes ou diferentes merecem atenção médica.
Convivendo com dor de cabeça: dá pra ter qualidade de vida?
Sim! Com o diagnóstico certo e um plano de tratamento bem feito, a dor de cabeça deixa de ser um problema diário.
Você pode voltar a se concentrar, dormir bem, aproveitar os momentos com a família e os amigos — sem precisar fugir da luz ou dos barulhos.
O segredo está em não se conformar com a dor. Não é normal viver com dor de cabeça todos os dias. E você não precisa se acostumar com isso.
Conclusão: cuidar da sua saúde começa com uma boa conversa
Dores de cabeça frequentes e enxaqueca não são normais — e você não precisa conviver com isso.
Como neurologista especializada, posso te ajudar a entender a causa da sua dor e indicar o tratamento mais adequado.
Atendo na Bela Vista em São Paulo, em consultório particular, com escuta atenta, conforto e cuidado individual.
Agende agora sua consulta e comece o seu tratamento com quem entende de dor de cabeça.
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Sou neurologista em São Paulo e trabalho com dedicação para oferecer um atendimento cuidadoso, humano e individualizado. Se você sofre com dores de cabeça, tremores ou enxaqueca, agende uma avaliação.
Dra. Viviane M. Felici
Neurologista – CRM 15273